Avistei um mar de gente logo que cheguei ao Porto. Eram martelinhos de São João por todo o lado. Como é óbvio, também nós tivemos de comprar um. São João que é São João só de martelo na mão (que tal fazer disto um provérbio?). Lá compramos o nosso martelinho e mal começamos a descer até à Ribeira do Porto a minha cabeça levou imensas marteladas. De início eu não quis dar marteladas, fiquei-me só por recebê-las na cabeça, mas mais para o fim já estava a gostar de dar com o martelinho na cabeça das pessoas que passavam por mim. Sinto que este gesto cria alguma proximidade entre as pessoas que nunca na vida se cruzaram, principalmente quando se dá com o martelo em alguém e essa pessoa retribui, sempre com um sorriso na cara. É incrível.
Uma das coisas que mais queria fazer na noite de São João era passear por uma ruela, enfeitada e repleta de pessoas entusiasmadas. Perdi a conta aos grelhadores atestados com sardinhas e carne porque passei. O fumo era imenso, como era de esperar, o que não era lá muito agradável, mas a alegria contagiante e a música que animava quem lá passava compensavam.
Tal como a maioria das pessoas, estávamos ansiosos para que chegasse à meia-noite para vermos o fogo de artifício. Sendo que a Ribeira já estava repleta de gente, optámos por ficar numa rua mesmo em frente à ponte D. Luís I. Estava lá imensa gente, então achamos que iríamos conseguir ver o fogo dali. Tal não aconteceu. Ficamos um pouco desiludidos dado que estivemos algum tempo à espera e ainda tivemos que levar com o atraso do fogo. Mas, tirando esse episódio menos bom, posso dizer que foi uma noite feliz.
Estou muito contente por finalmente ter festejado a noite de São João no Porto e sem dúvida que quero repetir! O Porto já tem o seu encanto fora dos Santos Populares, mas neste dia, torna-se mais mágico, mais acolhedor, mais quente (eram mesmo muitos grelhadores) e mais doce (até tinha bolas de berlim!). Porto, tens um lugar reservado no meu coração.
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