02 agosto 2017

FILMES | To The Bone


To The Bone conta a história de Ellen, uma jovem da 20 anos que sofre de anorexia nervosa e que, após vários internamentos que não deram frutos, é aconselhada pela sua madrasta a ser acompanhada por um médico que é conhecido pelos seus métodos pouco convencionais e que a desafia a encarar a sua doença e a acreditar que há esperança em abraçar a vida novamente.

Este filme mostra-nos várias pessoas que partilham a mesma doença que Ellen e os seus pontos de vista em relação à mesma. Todas estas pessoas, apesar de sofrerem do mesmo problema, encaram a doença de forma diferente. Há aqueles que parecem esforçar-se para acabar com a doença mas também há aqueles que não fazem sequer os mínimos para ficar bem. Aliás, ao longo do filme vemos como as personagens tentam manter o seu corpo da maneira como ele está: fazendo exercícios excessivos, vomitando ou utilizando laxantes, são os exemplos mostrados. E é esta diversidade de ideias que nos leva a ver que realmente a anorexia, tal como qualquer outros distúrbio alimentar, não é uma doença simples e fácil de solucionar. Não é só comer e pronto. É possível morrer devido a esta doença. Esta doença, apesar de se manifestar exteriormente, é uma doença mental, e este filme mostra-nos exatamente isso.

Outra razão que me fez gostar deste filme foi o facto deste não ser o típico filme em que se tenta descobrir qual a razão da pessoa se ter tornado anorética, mas sim mostrar que independentemente da razão, há sempre motivos para viver, e que cabe à pessoa decidir o que quer: se quer sucumbir à doença e desistir de tudo o que a vida tem de bom, ou se quer lutar e enfrentar a doença e assim abraçar a vida e tudo o que ela tem para oferecer.

Algo curioso em relação ao filme é que a atriz que interpreta a personagem Ellen, Lily Collins, também ela sofreu, quando era mais nova, deste distúrbio. Só por isso, acho que devemos admirar a atriz por ter aceite fazer este papel, que lhe é tão familiar. Certamente não terá sido fácil, mas talvez por isso ela tenha conseguido encarnar tão bem a personagem e conseguir mostrar-nos o realidade por detrás de quem sofre esta doença.

Sem dúvida que recomendo este filme, porque não é só mais um filme sobre anorexia. É um filme que mostra a doença como ela é. Que a despe da cabeça aos pés e nos deixa ver o seu íntimo. Mostra-nos essencialmente as consequências desta doença e como ela pode ser fatal. Mostra-nos que há sempre esperança, e que baixar os braços não é uma solução. Um filme essencial e necessário.

trailer





7 comentários :

  1. o filme parece bastante interessante, acho que vou espreitar porque a questão da perspectiva de quem vive em vez de explicar causas é super diferente e interessante.
    beijinhos, jess
    girlygirlsthinkpink.blogspot.com

    ResponderEliminar
  2. Também já vi, Mary, e deixou-me completamente desnorteada, porque é um filme muito sensorial e emotivo. Retrata a dura realidade que é viver com este distúrbio e com vestígios dele. Não omite que há dias piores que os que já parecem difíceis. Gostei mesmo muito, pois, fez-me ponderar muita coisa e reflectir intensivamente em variados assuntos!
    Boa recomendação,
    beijinhos.

    ResponderEliminar
  3. Eu achei esse filme incrível e muito necessário. Ele não romantiza nada, taca a verdade na nossa cara e nos obriga a viver com ela.

    Vidas em Preto e Branco

    ResponderEliminar
  4. Obrigada por esta visão tão importante do filme :) . Ver mais além da história é sempre importante. Bom trabalho *

    ResponderEliminar
  5. É um dos filmes recentes que quero realmente ver!

    ResponderEliminar
  6. Já ta na Lista <3
    https://strangerboy01.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar